Na Grécia, Ártemis ou Artemisa era uma deusa ligada
inicialmente à vida selvagem e à caça. Durante os períodos Arcaico e Clássico,
era considerada filha de Zeus e de Leto, irmã gêmea de Apolo; mais tarde,
associou-se também à luz da lua e à magia. Em Roma, Diana tomava o lugar de
Ártemis, frequentemente confundida com Selene ou Hécate, também deusas lunares.
Ao ficar grávida de Zeus, sua mãe sofreu a ira de Hera,
esposa deste. Quando finalmente na ilha de Delos a receberam, Ilítia, filha de
Hera e deusa dos partos, estava retida com a mãe no Olimpo. Léto esperava
gêmeos, e a bela Ártemis, tendo sido a primeira a nascer, revelou os seus dotes
de deusa dos nascimentos auxiliando no parto do seu irmão gêmeo, Apolo. Também
é conhecida como Cíntia ou Cindi, devido ao seu local de nascimento, o monte
Cinto.
Outra lenda conta que, tendo ela se apaixonado perdidamente pelo
jovem Orion, e se dispondo a consorciá-lo, o seu enciumado irmão Apolo impediu
o enlace mediante uma grande perfídia: achando-se em uma praia, em sua
companhia, desafiou-a a atingir, com a sua flecha, um ponto negro que indicava
a tona da água, e que mal se distinguia, devido à grande distância. Ártemis,
toda vaidosa, prontamente retesou o arco e atingiu o alvo, que logo desapareceu
no abismo no mar, fazendo-se substituir por espumas ensangüentadas. Era Orion
que ali nadava, fugindo de um imenso escorpião criado por Apolo para
persegui-lo. Ao saber do desastre, Ártemis, cheia de desespero, conseguiu, do
pai, que a vítima e o escorpião fossem transformados em constelação. Quando a
de Órion se põe, a de escorpião nasce, sempre o perseguindo, mas sem nunca
alcançar.
Fonte: Wikipédia
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